A importância de desenvolver a psicomotricidade na infância
Introdução
A Psicomotricidade no processo
ensino-aprendizagem visa contribuir de forma pedagógica para o desenvolvimento
integral da criança, tendo em vista o aspecto mental, psicológico, social,
cultural e físico, no qual acredita-se que as atividades de psicomotricidade
possam ser trabalhadas no contexto escolar de forma a auxiliar no processo de
aprendizagem do aluno. Assim o objetivo deste artigo foi analisar a importância
da psicomotricidade na infância e como esta poderia auxiliar na aprendizagem do
aluno, esclarecendo que o aprender não se restringe apenas em atividades
isoladas, precisando haver objetivos a serem alcançados pelos professores, para
que a partir daí os alunos possam criar e se expressar, no ambiente escolar. A
metodologia utilizada baseou-se na leitura e análise de livro e artigos
científicos, subordinados ao tema “psicomotricidade”. A pesquisa foi feita em
contexto de biblioteca, revisão de artigos e revisão de livros. A
psicomotricidade, como ciência da educação busca entender os movimentos
corporais tendo uma ligação com o desenvolvimento cognitivo. O objetivo
psicomotor é a possibilidade do aluno desenvolver as ações do corpo e
expressar-se por meio dela, para que o corpo se desenvolva. O sujeito vai se
construindo através da troca de olhares, toques e carícias, primeiramente com
os parentes (pais ou responsável), depois com outras pessoas (professores)
ampliando as suas relações sociais (BARROS, FERREIRA, HEINSIUS, 2008). Partindo
desse pressuposto, esse artigo propôs refletir sobre como a psicomotricidade se
faz necessária na prática pedagógica da escola ajudando nos desenvolvimentos
corporais, cognitivo e afetivo na infância.
Desenvolvimento
Quando uma criança demonstra através de seu
corpo que está alegre, feliz, demonstra querer ou buscar alguma coisa... Quando
uma criança percorre a escola para chegar ao refeitório, tendo toda a noção do
espaço que irá fazer... Quando na Educação Física ela dribla os adversários
para fazer o gol, calculando a distância, a força e então chuta a bola...
Quando uma criança na frente de um papel, e com lápis coloridos desenha seu
corpo e todo um espaço a sua volta... Em todas essas situações e em qualquer
outras que envolvam movimentos, pode-se falar em psicomotricidade. Segundo
Goretti (2009) o termo psicomotricidade aparece, pela primeira vez, no discurso
médico, no campo da Neurologia, quando, no século XIX houve uma preocupação em
identificar e nomear as áreas específicas do córtex cerebral segundo as funções
desempenhadas por cada uma delas. E foi no século XX que ela passou a desenvolver-se
como uma prática independente e, aos poucos, transformar-se em ciência. A
Psicomotricidade começou a ser praticada no momento em que o corpo deixou de
ser visto apenas como um pedaço de carne, para ser algo indissociável do
sujeito. A prática mais especificamente psicomotora começou em 1935, com Eduard
Guilmain, que elaborou protocolos de exames para medir e diagnosticar
transtornos psicomotores. Hoje para Almeida (2006) psicomotricidade é a ciência
que estuda o homem através do seu corpo em movimento em relação com o mundo
externo e interno, é a interação que o indivíduo tem de perceber, atuar e agir
com o outro e com os objetos. Segundo Goretti (2009) psicomotricidade é um dos
instrumentos mais poderosos para que o sujeito expressa seus conhecimentos,
idéias sentimentos e emoções e se constitua como um sujeito.
Para Fonseca (2009) psicomotricidade é uma
prática que contribui para o pleno desenvolvimento da criança no
ensino-aprendizagem, que favorece os aspectos físicos, mental, afetivo-emocional
que contribui para a formação da sua personalidade.
Com base nesses três autores a
psicomotricidade tem apenas um objetivo, fazer com que a criança se interage
com os outros e com os objetos possibilitando assim o seu crescimento não só
físico como cognitivo, afetivo e corporal. No qual a psicomotricidade deve ser
trabalhada em casa e principalmente na escola. De acordo com Almeida (2006)
para se trabalhar psicomotricidade no ambiente escolar não precisa haver
recursos caros e nem tecnológicos, basta somente a escola ter uma junção de
fatores, tais como concepção, comportamento, compromisso, materiais e espaços.
Almeida (2006) descreve cada um a seguir:
a. Concepção: o trabalho necessita ser
planejado, pensado e reavaliado todos os dias, precisa haver uma meta que se
pretende alcançar, o professor saberá o que foi alcançado e o que pode fazer
para melhorar mais o desempenho dos alunos, ele não deve somente ficar usando
técnicas sem ao menos saber o que se pretende fazer com ela, pois assim ficará
frustrado por não ter objetivos concluídos.
b. Comportamento: o comportamento do
professor que se trabalha psicomotricidade é aquele que deve estar atento a
todas as ações executada pelos alunos, intervindo nas atividades com objetivos
psicomotores. Quando os alunos estiverem realizando atividades, eles precisam
ter relações com os outros, que permitirá a socialização e a humanização, para
isso o professor deve fazer o papel de um observador e não de um professor
autoritário que repreende a todo momento nas relações aluno/aluno, o professor
irá repreender quando houver necessidade. Almeida (2006, p. 21), coloca que “o
comportamento é o combustível que move as relações diárias de um professor que
quer construir coletividade na multiplicidade dos seres com as diferenças de
cada um”.
c. Compromisso: quando o professor planeja
suas aulas ele não terá seu tempo desperdiçado, mas sim terá um aproveitamento
do trabalho alcançado, pois não havendo planejamento o professor fica perdido,
surgindo assim o descompromisso.
d. Materiais: por si só não modifica nada em
um ambiente, precisa haver intervenções do professor.
e. Espaços: são constituídos de uma estrutura
física; salas, quadras, pátios, refeitório e outros. Se os espaços não exercem
nenhuma ação, movimento sempre será um espaço vago. Há vários ambientes que
pode se dizer que é um espaço educativo, mas para isso o professor deve usar
todos os recursos, materiais ali presentes.
Para Almeida (2006, p. 23), “um
supermercado pode ser um excelente ambiente educativo caso o professor saiba
explorar toda riqueza existente ali”. Assim para a psicomotricidade ser
desenvolvida, precisa de ambientes o qual dará a oportunidade da criança
explorar e construir referências sobre si mesma e sobre o que a rodeia, é neste
ambiente que a criança vai viver uma variedade de faz-de-conta. Terá
oportunidades ainda de testar, errar e concluir, tirando assim suas próprias
conclusões, porque neste momento ela está construindo seu conhecimento.
Lembrando que ambientes não são apenas espaços que existem materiais, mas sim
espaços composto por: recursos, ações, pessoas, relações sociais e exploração
coletiva, e nestes ambientes a psicomotricidade poderá ser desenvolvida de
forma a melhorar todas as capacidades infantis.
Barros, Ferreira, Heinsius (2008) colocam
que o termo psicomotricidade para alguns professores está ligado somente a
coordenação global, o equilíbrio, a lateralidade, a coordenação motora fina e
outros aspectos funcionais englobando como parte psicomotora, sem nenhum
objetivo a ser alcançado, dando apenas como métodos abstratos. Portanto a
psicomotricidade tem um papel muito importante na prevenção da educação
infantil, contemplando o desenvolvimento, partindo do movimento do corpo e
envolvendo a fase não-verbal da criança, possibilitando a construção do
psiquismo, interagindo com tudo e com todos que a rodeia. Hoje na educação
infantil acontece uma queima de etapas, onde os professores esquecem- se do
lado emocional, e do lado do brincar, ocasionando problemas emocionais e
motores, que mais tarde irão aparecer no comportamento do indivíduo. Os
professores precisam enxergar a criança em três dimensões, a corporal, a
afetiva e a cognitiva, proporcionando um desenvolvimento evolutivo. Para o
ensino da alfabetização os professores ainda tem aquela antiga concepção que
para se ensinar como se faz a letra “E” é ditando “vai lá em cima faz uma
voltinha e desce” tendo essa escrita como base se faz necessário a
psicomotricidade, pois os movimentos e a alfabetização caminham de mão juntas,
por isso em vez de os professores ficarem ditando como se faz as letras, é
melhor que levem os alunos para o pátio para que as crianças passem por cima
dos traçados no chão, ou até mesmo construíam letras com massinhas de modelar,
pois os exercícios que são manipulados com toques pelo próprio corpo, facilitam
a percepção das formas. São muitas formas de se trabalhar a psicomotricidade
para que ela se torne importante no método de alfabetizar, e ajude a prevenir
problemas maiores. Xavier (2004 apud Oliveira, 1997, p. 36) afirma que:
A psicomotricidade se propõe a permitir ao
homem sentir-se bem na sua pele permitir que se assuma com realidade corporal,
possilitando a livre expressão de ser. Não se pretende aqui considerá-la como
uma panacéia que vá resolver todos os problemas encontrados em sala de aula.
Ela é apenas um meio para auxiliar a criança superar suas dificuldades e
prevenir possíveis inadaptações.
Segundo as concepções Walonianas (1995 apud
Barros, Ferreira, Heinsius, 2008) tudo o que foi vivenciado pela criança
anteriormente irá refletir nas experiências futuras, modificando e
transformando em representatividades.
Para que a psicomotricidade seja eficaz na
Pratica Escolar e possa contribuir para ao processo de aprendizagem é preciso
que o professor acredite no potencial das crianças, respeitando sua
individualidade, sabendo que as dificuldades, obstáculos e as insatisfações
fazem parte da caminhada escolar, por isso deve oferecer atividades e
oportunidades para que a criança comunique, crie e se expresse emocionalmente e
fisicamente, para o crescimento pessoal e construção da sua autonomia,
despertando assim o desejo de descobrir e aprender por meio da interação com o
mundo. Para Barros, Ferreira, Heinsius (2008) a aprendizagem é então entendida
como um percurso que a criança deseja percorrer para buscar uma
auto-realização.
Para que a auto-realização seja então
alcançada pela criança o professor deve ser o mediador da aprendizagem,
possibilitando que a criança construa seu caminho e se encontre nele, ter
clareza e objetivos nas suas atividades e nas regras estabelecidas, e respeitar
a democratização do grupo amenizando os conflitos gerados, ponderando suas
propostas de acordo com cada faixa etária favorecendo o avanço da aprendizagem
cognitiva. Um dos objetivos das aulas de psicomotricidade é estimular o
desenvolvimento psicomotor das crianças, por meio de jogos, brincadeiras e
atividades que as crianças vivenciem com grande prazer, favorecendo a ligação
do real e o imaginário. Segundo Almeida (2006) existem várias atividades que
poderão contribuir no desenvolvimento da criança dentre elas estão:
Coordenação
motora ampla. É a organização geral do ritmo, ao desenvolvimento e as
percepções gerais da criança. É o trabalho que vai apurar os movimentos dos
membros inferiores e superiores, podendo desenvolver algumas atividades como:
fazer imagens do corpo em tamanho natural; fazer pinturas no corpo com o
pincel; entrar em caixa de papelão grande, pequena e média; jogar bexigas para
o alto sem deixar cair no chão; brincadeiras de morto- vivo, estátua,
esconde-esconde, passar anel, pular corda e outras.
Coordenação
motora fina. É a coordenação dos trabalhos mais finos, que podem ser executados
com a ajuda das mãos e dos dedos, garantindo um bom traçado de letra. No qual o
professor poderá desenvolver: recorte de tiras de papel na revista com o dedo;
desenhos e pinturas com tinta ou giz de cera em vidros; fazer bolinhas com
papel crepon, jornal; dobraduras; brincadeiras de amarelinha, futebol de botão,
corrida de ovo na colher, amarrar e desamarrar, tampar e destampar garrafa pet
e outras.
Lateralidade.
É a capacidade que a criança tem de olhar em todas as direções com idéia de
espaço e mínima coordenação, que aos poucos vão descobrindo que seu próprio
corpo pode realizar mais de um movimento ao mesmo tempo em lados diferentes.
Neste processo o professor ajuda a criança a desenvolver a lateralidade em
todas as partes do corpo e quanto ao ato de escrever o professor deve deixar a
criança livre sem ao menos estabelecer um meta que mão ela deverá escrever,
isso é uma escolha própria da criança, que a favorece na decisão do que é
melhor e de sua melhor habilidade. O professor poderá desenvolver: comandos
para a criança seguir para ambos os lados; caça ao tesouro com seguimentos de
setas; faça bolas de papel e peçam que joguem primeiramente com a mão esquerda
e depois com a direita; corridas com materiais para serem equilibrados com a
mão esquerda e direita; brincadeiras de basquete, tiro ao alvo e outras.
“Quanto mais forte for a referência e o treino, mais desenvolvidas serão as
diferentes partes que compõem o todo. No entanto, deve-se trabalhar com muita
calma para respeitar o tempo das crianças” (ALMEIDA, 2006, p. 61).
Desenvolvimento
de percepção musical. Refere-se ao desenvolvimento de talentos, que é um
trabalho voltado para estimular as questões que abrangem a musicalização,
desenvolvendo a aprimoração da audição para o reconhecimento e a prática da
fala. Sendo assim a música será mais um ponto o qual contribui para o desenvolvimento
da criança, trabalhando vários tipos de sons e músicas: músicas folclóricas;
sons da natureza (vento, chuva, trovão, raio e mar); sons do próprio corpo
(rir, chorar, espirros, tossir, bater os pés, bater as mãos e outros). Outra
maneira prazerosa de trabalhar a música é a construção de bandinhas com
sucatas; chocalhos (com garrafas pet, lata de leite em pó); pratos e bumbos
(com tampas de lata de tinta); tambores (com embalagens de papelão);
Desenvolvimento
de percepção olfativa. É a percepção que ajuda a criança no reconhecimento do
mundo dos perfumes e sabores: recolher plantas diversas, amassá-las e sentir o
cheiro depois de algum tempo; diferenciar os cheiros do cotidiano como: pó de
café, perfumes, produto de limpeza e outros; sentir o cheiro que exala da
natureza.
Desenvolvimento
de percepção gustativa. Auxilia no reconhecimento dos sabores reais,
descobrindo que cada alimento tem textura, sabor, consistência e
características diferentes. Para esse reconhecimento utiliza- se os seguintes experimentos:
provar alimentos exóticos (estrangeiros); provar alimentos que antes nunca
havia comido por dizer que não gostava; degustar alguns alimentos de olhos
fechados; diferenciar entre o doce do salgado, o azedo, o amargo, o quente do
frio, o picante do condimentado.
Desenvolvimento
de percepção espacial. O espaço é muito mais que paredes, portas, janelas,
ruas, casas, entradas e saídas, é saber ter direções para onde ir. Por isso o
espaço é um grande desafio na infância, e na vida adulta pois precisa de um
pleno domínio de direção. A escola precisa de proporcionar a criança essas
noções de direção como ir na cozinha, ir ao banheiro, entrar e sair de ginásio,
de salas administrativas, nunca será possível conseguir todo o desenvolvimento
das noções espaciais trabalhando apenas com papel ou atividade em quadra. É
necessário pensar e aceitar que é no espaço social, o desenvolvimento mais
fértil e mais consistente em relação a esta idade. Assim fazer passeios com as
crianças pela cidade, shopping, passear de ônibus se faz necessário na prática
do professor, por mais que seja desafiador para ele, é necessário para o
desenvolvimento intelectual das crianças, para a realização de algumas
atividades que descreve: encontrar palavras em caça-palavras; encontrar saídas
em labirintos em papel impresso; encontrar ruas em um mapa. Algumas
brincadeiras como: corrida de ovo na colher; pular corda; cabra- cega;
amarelinha; tiro ao alvo; estafetas com arcos.
Desenvolvimento
de percepção temporal. É uma tarefa árdua como diz Almeida (2006, p. 93):
A noção de tempo, por exemplo, é bastante
complicada para que uma criança assimile. Quantos pais quase enlouquecem quando
percebem que seus filhos não lhes obedecem. Chamar ou avisar uma criança que
está no quarto brincando pode dar conta que estamos falando: a mãe grita da
cozinha para a criança que está no quarto (Filha, em 10 minutos sairemos para a
escolinha. Arrume suas coisas e pegue sua mochila).
Deve-se levar em conta que a única noção de
tempo que a criança tem é de desenvolver os hábitos cotidianos como: dormir,
acordar, tomar banho, almoçar, jantar, ir à escola e outras atividades mesmo
assim ela ainda não sabe a hora que tem que realizar essas atividades, por isso
quando a mãe diz falta 10 minutos para ir a aula, amanhã viajaremos, essa
assimilação ainda não e feita pela criança, por isso pais educadores devem ser
bastante tolerantes nesta tarefa de tempo para a criança, desenvolver algumas
atividades poderão ajudar, como: usar o calendário para marcar as atividades
escolares por mês; relembrar o que aconteceu no dia anterior; contar e recontar
histórias e fazer perguntas sobre os acontecimentos; pedir que coloquem em
seqüência a história.
Desenvolvimento
da percepção corporal. O desenvolvimento do corpo e a percepção dele se faz
diferente em cada um embora sejamos muito semelhantes. Cada corpo irá se
desenvolver uma ou várias características que lhe serão particulares. O prazer,
a dor, a sensação e a percepção sempre irão acontecer com todos, no entanto, a
intensidade de cada um destes aspectos irá depender de questões orgânicas,
sociais e muitas das vezes emocionais pelas quais todos nós constituímos.
Entretanto o professor deve oferecer atividades para que a criança faça suas
próprias descobertas e tome consciência de seu próprio corpo, levando em
consideração que cada criança desenvolve num determinado tempo e de forma
diferenciada. Algumas atividades lúdicas e brincadeiras que ajuda o
desenvolvimento da percepção corporal: dobraduras; modelagem em gesso; mímica; danças;
morto- vivo; banho de jornal; brincadeiras na frente do espelho.
Seriação
e classificação. Possibilita o reconhecimento de todos os materiais, texturas,
as formas e os conceitos que envolvem o espaço onde a criança está inserida, as
atividades que desenvolvem esta habilidade são: manipular diversos objetos
feitos de materiais como: plástico, isopor, ferro, madeira, vidro, acrílico,
algodão; separar os materiais de acordo com características definidas; observar
diversos materiais no fogo. Com as atividades/brincadeiras a criança terá
oportunidade de vivenciar ações motoras de todos os níveis e estar estimulando
sua psicomotricidade através do movimento do corporal. Toda a educação
psicomotora deve ser realizada levando-se em conta as necessidades reais do
indivíduo, partindo do simples para o complexo. Além de proporcionar estímulos
que devem ser harmônicos e integrados na sua seqüência. Ressalta-se que todas
as atividades descritas devem estar relacionados diretamente com objetivo que o
professor pretende alcançar, a faixa etária, nível de desenvolvimento e espaço
físico específico e não somente como atividades isoladas, cabendo ao professor,
conhecer bem os seus alunos, lhes proporcionar atividades que possibilitem o
melhor desempenho psicomotor, lembrando que cada criança aprende de seu jeito e
no seu tempo, no qual o professor deverá primeiramente respeitar o tempo e o
limite de seus alunos.
Conclusão
Conclui-se com este trabalho que os
professores devem estar realmente compromissados com as crianças, no qual é a
fase mais importante para o desenvolvimento e construção do sujeito. A
psicomotricidade vem fazendo um diferencial nesta etapa quando realizada com
objetivos claros e concretos.
Nas atividades psicomotoras os alunos
revelam as mais diferentes emoções, tendo a oportunidade de criar, expressar se
por meio das brincadeiras, conhecer a si mesma e as diferentes funções que o
corpo realiza, conhecer o outro, e o espaço.
Conclui-se também que a psicomotricidade
quando envolvida com aprendizagem, traz resultados positivos, pois são através
das atividades de movimentos que a criança terá a oportunidade de desenvolver
cognitivamente, pois com um simples traçado de uma letra no chão, quando a
criança passe por cima, ela estará assimilando este movimento, e também com um
simples modelar de uma massinha, irá oportunizando a criança a movimentar seus
punhos que muita das vezes não se locomovem adequadamente, o que possibilitará
a escrita da criança quando entrar na fase de alfabetização. O corpo é o
veículo para a ação, para o conhecimento e para socialização. As experiências
corporais modificam o intelecto, a vida afetiva e as ações motoras dos indivíduos.
O corpo deve ser visto como um todo, pois nele estão todas as tensões e emoções
que caracterizam a evolução psicoafetiva de um sujeito. Toda a educação
psicomotora deve ser realizada levando-se em conta as necessidades reais do
indivíduo, partindo do simples para o complexo. Sem dúvida uma criança que não
conhece a si mesmo e suas potencialidades não conseguirá também relacionar com
si mesmo e com os outros, vivendo em mundo isolado e distante, assim cabe a
escola e a família estimular o movimento através de brincadeiras e jogos,
proporcionado assim uma vivencia corporal ampla capaz de desenvolver
capacidades física, afetivas e motoras.
Referências
ALMEIDA,
Geraldo Peçanha de. Teoria e prática em psicomotricidade: Jogos atividades
lúdicas, expressão corporal e brincadeiras infantis. Rio de Janeiro: Wak
2006.160p.
BARROS,
Darcymires do Rêgo; ERREIRA, Carlos Alberto de Mattos; HEINSIUS, Ana Maria.
Psicomotricidade Escolar. Rio de Janeiro: Wak, 2008. 296 p.
FONSECA,
Vitor da. A Psicomotricidade e o desenvolvimento do ser humano. São Paulo.
1983. Disponível em: http://www.leoabreu.psc.br/02.htm, Acesso em: 09 dez.
2009.
GORETTI,
Amanda Cabral. “A Psicomotricidade”. Disponível em:
http://www.cepagia.com.br/textos/a_psicomotricidade_amanda_cabral.doc, cesso em:
04 dez. 2009.
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