Snoopy aparece
pela primeira vez em 2 de Outubro de 1950. Schulz originalmente ia chamar o cão
de "Sniffy", até que descobriu que esse nome já era usado noutra
banda desenhada (tirinha). Snoopy foi durante dois anos uma figura silenciosa,
agindo como um cão real (caminhava sobre as quatro patas), mas, em 19 de Outubro
de 1952, ele verbalizou os seus pensamentos aos leitores pela primeira vez
através de balões; Snoopy tinha também a capacidade de entender tudo o que as
restantes personagens dos Peanuts, com quem interagia, diziam. Schulz, após
esta data, passou a incluir essas características na sua banda desenhada.
Snoopy é um
cão extrovertido com complexo de Walter Mitty, com muitas virtudes. A maior
parte delas não são reais, mas sonhos que fazem parte do seu mundo de fantasia,
que aparecem quando Snoopy dorme no telhado da sua casota.
Muitos dos
momentos memoráveis dos "Peanuts" ocorreram durante esses sonhos nos
quais ele era um escritor: o seu eterno abrir da mala onde está a máquina de
escrever. "Estava uma escura e tempestuosa noite..." foi tirado de
uma história de Edward George Bulwer-Lytton escrita em 1830 chamada Paul
Clifford. O contraste entre a existência de Snoopy no mundo dos sonhos e de
Charlie Brown no mundo real é o centro do humor e da filosofia de Peanuts (ver
ex: Título de um livro: "A vida é um sonho, Charlie Brown").
Schulz, numa
entrevista em 1997, disse o seguinte acerca do carácter do Snoopy: "ele
tem que sair do seu mundo de fantasia para sobreviver. Por outro lado, se assim
fosse ele levaria uma vida miserável e aborrecida."
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